CAMINHO PENOSO

O dia nasce meio desafinado,

dando um tom embriagado

a um reinício abalado

pelo meu espírito consternado.

Jardins orientais do meu delírio esperançoso,

enchem de lírios meu caminho penoso,

pulverizando dores de um odor seguro,

que aliviam o mais puro medo do futuro

sem o teu olhar impuro.

Canto Gonzaguinha,

leio Hugo Denizart,

tentando me aperfeiçoar na arte

de esquecer o não te ter.

Vou fundindo crenças nessas verdades

até a chegada da tranqüilidade,

que virá devagar com destreza,

como as gôndolas de Veneza,

me trazendo a realidade,

de que valeu o preço

da minha viva liberdade.

RODRIGO NOVAL
Enviado por RODRIGO NOVAL em 26/04/2012
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