E ninguém chorou por mim

E ninguém um bem me quis...

Segui estrada sozinha

Sem ter a quem abraçar

Sem nem mesmo um despedir

Quando meu mundo ruiu

E eu me ausentei da vida

Ninguém me chamou de volta

Que sobras que me restaram

Tão feitas de desalentos

Como é fácil ser esquecido

Outrora tudo era festa

Muitos amigos e risos

Mas quando o desalento se fez

Só sobrou-me a solidão

Hoje cultivo um jardim

Amanheço e anoiteço

Com o cantar dos passarinhos

E neles eu me apego

Para viver meu novo tempo

Nem sei se me sinto triste

Hoje vivo calmamente

Sem pressa, sem direção

Observando esse mundo

Tão distante do meu eu...

Glorinha Gaivota
Enviado por Glorinha Gaivota em 10/06/2012
Código do texto: T3715386
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