DEPOIS DE TUDO...

Depois de tudo que passou,

restou-se quase nada.

E, se um dia houve amor

e, este, andou de mãos dadas.

Hoje, sobraram os restos:

pequenas lembranças

que foram boas

que foram à toas

e perderam as esperanças.

Breves momentos

de ligeira felicidade

de calada ansiedade

em nossos tormentos.

Corpos separados.

Almas distantes.

Passos vacilantes.

Beijos abortados.

Perguntas sem respostas.

Diálogos em fragmentos.

Ausência de sentimentos.

Perda de apostas.

Sonhos perdidos.

Projetos deixados.

Corações machucados.

Egos feridos.

Desvios de olhares.

Mudanças de percursos.

Frágeis impulsos.

Pares desfeitos.

Falta de harmonia.

Fora de sintonia

e uma dor no peito.

Face a face

fora-se tudo.

O amor surdo

criou-se o impasse.

Duas criaturas:

homem e mulher

perderam a fé,

esqueceram as juras

e não se lembram mais

e não se querem mais.

Autor: Julimar Antônio Vianna

Julimar Antônio Vianna
Enviado por Julimar Antônio Vianna em 11/02/2007
Código do texto: T377316