DEPOIS DE TUDO...
Depois de tudo que passou,
restou-se quase nada.
E, se um dia houve amor
e, este, andou de mãos dadas.
Hoje, sobraram os restos:
pequenas lembranças
que foram boas
que foram à toas
e perderam as esperanças.
Breves momentos
de ligeira felicidade
de calada ansiedade
em nossos tormentos.
Corpos separados.
Almas distantes.
Passos vacilantes.
Beijos abortados.
Perguntas sem respostas.
Diálogos em fragmentos.
Ausência de sentimentos.
Perda de apostas.
Sonhos perdidos.
Projetos deixados.
Corações machucados.
Egos feridos.
Desvios de olhares.
Mudanças de percursos.
Frágeis impulsos.
Pares desfeitos.
Falta de harmonia.
Fora de sintonia
e uma dor no peito.
Face a face
fora-se tudo.
O amor surdo
criou-se o impasse.
Duas criaturas:
homem e mulher
perderam a fé,
esqueceram as juras
e não se lembram mais
e não se querem mais.
Autor: Julimar Antônio Vianna