DEPOIS DE TUDO

Falamos o que não devia,
Ouvimos o que não podia,
Rimos das desgraças do dia-a-dia,
Choramos a dor da alegria.

Pensamos que o amor poderia,
Tentamos, e até achamos que daria,
Lutamos contra tudo e todos,
Contra a nossa  agonia,
Gritamos...!
“Liberdade ainda que tardia”.

Sobrevivemos entre o exílio e a anistia,
Perdemos a utopia,
Restou-nos depois de tudo a nostalgia,
E a certeza da morte que vem calma e fria.