Felicidade

És um olhar pálido sob sol,

no limiar da morte, a luz...

Não, não a luz dos iluminados,

nem a ausência aos flagelados,

mas a vida que se esvai...E reluz!

O mistério te sombreou a face,

num deleite, de quem nada deixa...

Sou farrapo que te esperou,

para quem sempre silenciou,

ouvindo e esquecendo, minha queixa!

Tu, que dizem flores da existência,

que falam, redenção do sofrimento...

Tu, que diante de mim calaste,

que um dia meus olhos encontrastes,

e soprou indiferente como o vento...!

São desejos enfim degredados,

enegrecidos como a morta flor...

Vai, onde não te veja o meu olhar,

onde minha vida não possa buscar,

esta última espera que me negou o amor...!

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 28/07/2012
Código do texto: T3801485
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