Âncoras perdidas

Quem sabe o vento

Não quer arrancar as folhas

Quando acaba o inverno

Nuvem que passa na frente de todos

Não sei o que parece perigoso

De longe, nada é o que é

Nem sei quem suspira o canto do gelo

Gás que os espectros seguem

Tudo se abre no horizonte

Furacões buscando a eternidade

Tudo se fecha no escambo

Reis desnudos e embalsamados

O olho olha para fora

E o que eu digo

As palavras comem

Frutas fora de época

carlos assis
Enviado por carlos assis em 29/08/2012
Código do texto: T3855718
Classificação de conteúdo: seguro