Pobre poesia mortal
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Versos preciosos em lixo podre depositei,
Por lixões em muitos devaneios caminhei,
Podridão, sujeira... Desolação!
Quem liga pro meu coração?
Inspiração podre, pobre!
Poesia... Quem disse que sei?
Nada sei... Perdi meu tempo,
E o teu... Lendo versos simplórios,
Que no abismo da loucura, fluíram...
Que letras 
mentirosas são essas , 
Que encantam a tantos olhares simultaneamente?
Há algum sentimento contido nelas?
Quem se importa?
Não há brilho algum mais,
A lua deixou-me para trás,
As estrelas saltaram do firmamento...
O Oceano tornou-se um mar em tormento...
Mar amargo, mar morto,
Seria um naufrágio,
Na lama do desgosto?
Que palavras então, poderiam ser,
Se não servem pra me dizer,
Tudo o que eu preciso saber?
Ah... Poesia! Que poesia?
Se nunca fui poeta,
Se ela nada desperta,
Pra que serve então?
Tantos versos que outrora declamei,
Emoções que tão profundamente vivenciei...
Em vão? Sim... Terminaram ali...
Bem ali... Na rua da desolação...
Pobre alma mortal!
Vive como se imortal fosse,
Mas basta uma lança mirada ao peito,
Para que dilacerado fique o coração,
De ferida completamente Fatal!
Oh... Versos! Versos de Sangue!
Deixe sangrar esse peito,
Ferido de cruel punhal!
Se não há então, algum jeito,
De livrá-lo desse lamaçal,
Que lhe consome aos poucos...
Deixe que sagrem versos de pura tristeza real...
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**Apenas escrevendo, nada pessoal**
SimoneMoreira
Enviado por SimoneMoreira em 11/09/2012
Reeditado em 11/09/2012
Código do texto: T3875825
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