A PALAVRA INEXISTENTE



Engulo toda a raiva
que toma os sentidos
mas... por dentro
nasce-me o grito
e eu me agito
pelo espírito adentro.

Minha boca seca...resseca
mesmo assim ela nega
aquilo que sinto
pois eu minto
e me desconcentro
até ter enxaqueca.

O esforço é enorme
ele me consome
me deixa cega
como um querer violado
e sou um cristal mutilado
pedaço de vidro quebrado.

Minha dor é pior que fome
pois sacode o meu epicentro
o sentimento vedado
e
a palavra inexistente
que jaz subjacente
no silêncio indesejado.


Há um feixe de horas incompletas
quando existem misérias secretas.


Silvia Regina Costa Lima
12 de setembro de 2012







Obs: Poema propositalmente sem pontuação.

É simplesmente uma poesia do eu lírico, nada mais.





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SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 17/09/2012
Reeditado em 17/09/2012
Código do texto: T3886808
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