Vazia

Deitada na cama

Som ligado

Ventilador na cara

Papel e caneta na mão

Faço a minha viagem diária

Embarco, neste momento, para a cidade da imaginação

Que fica no país no NÃO

Não pode chorar

Não pode entristecer

Sofrer? Nem pensar, não!

Sintonizo uma radio

Propagandas, reportagens, programas

Me decido pelo silencio!

E o murmurar do ventilador no meu ouvido

Ele me diz que tá quente

Que o dia tá lindo e que a lua e as estrela estão sorrindo!

Respondo apenas com um olhar

É o suficiente para ele entender

Que o melhor que ele pode fazer, no momento, é emudecer!

De repente minha imaginação pára

Me falta as palavras e eu penso

Sobre o que vou escrever?

Pensamento vazio

Vago, vasto, raro, muito

Penso no celular

Ele bem que podia tocar, mas não toca

Buzinas interrompem meu silencio lá fora

Tem alguém chamando por outrem

Não preciso nem me levantar

Sei que não é pra mim

As 23:05 h quem procurará ninguém?

Tento chegar ao fim

E acabar de uma vez com essa narração

Mas as palavras, frases, pensamentos

Jorram no meu cérebro

E tudo isso já é uma grande confusão!

Ana Sarah
Enviado por Ana Sarah em 02/03/2007
Código do texto: T398504