Sigo...

Sigo perdida em mim mesma

A minha alma sente-se sozinha

Vasculho os recônditos da memória

Desvencilhando-me das dores de outrora

Vulto do ontem marcou a minha trajetória.

Chora ele raivoso e frustrado por minha vitória.

Vou apagando lentamente as chamas,

Das calunias propositais...

Vive ele em locais sombrios,

Faz críticas injustas e passa incólume...

Trilha por labirintos, por becos sem saídas,

E por ruas tortuosas.

Caminha ele, com seus versos,se fazendo de bom,

Quando é só uma prosa mentirosa...

Escorregando pelos lodos da vida,

Suas asas sujas e pesadas,

Mostram a sua fatídica jornada.

Em breve pousará sob um monte,

Com o seu manto negro e de lá poderá observar,

As maldades feitas em tua trajetória.

Oh! Homem tenho pena de ti,

pois ficarás apenas com a saudade.

Dos teus dias de glória,

Enquanto eras apenas uma grande farsa.