Um Lugar Para Descansar.

“Nos fins de tarde eles cruzam as cidades”

Perambulam sem destino.

Em busca do sol...

A mãe tenta amenizar a dor do filho que chora de fome.

Agasalhados entre trapos traspõem o véu

Do descaso e preconceito.

O sino da catedral começa a badalar

Anunciando para os afortunados que

Que é hora do jantar.

O som do estomago vazios são como melodias

(Fúnebres).

Os pobres coitados com olhos vazios

Caminham em silencio para engar a fome dos filhos

Que esperam ansioso chegar algum lugar.

A escuridão cobre o sol.

Nem mesmo o brilho da lua e a beleza das estrelas

São capazes de dar alentos aos pobres coitados.

Acoitados pela vida destituída do direito de sonhar.

Fragilizados, e humilhados, pela dor, fome, miséria e abandonou.

Violentados em seus direitos de ir e vir embora não tenham

Nunca para onde ir...

São os filhos do abandono.

De sorriso apagado pela fome.

Que rastejam pelos esgotos das cidades.

São anjos sem asas que não pode voar.

Depois de vagar no vazio em busca de um lugar para descansar.

Debruçam em sua realidade olham para o céu e pedem perdão! Perdão Deus por eu não ter nem um pedaço de pão. Para alimentar o meu filho que dorme no berço da solidão.

Razia Santos
Enviado por Razia Santos em 19/11/2012
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