Constatações e uma dúvida!

Dentro de mim me desespero por só em ti pensar...

E não sei como supero esta ânsia de te encontrar!

Vivo o dia-a-dia anestesiado, descrente do amor...

Tenho pesadelos em demasiado e acordado só há dor!

Tem hora que chorar não basta, e só sobra desalento...

Vivo inundado de saudade vasta e de débeis pensamentos!

Carrego a sina de lembrar de ti a cada meu despertar...

E todas as noites ao me deitar tua imagem vem me consolar!

Sempre divago nas lembranças sobre lugares onde contigo vivi...

E disso o que resta é desesperança e a certeza de que a perdi!

Meu coração adoeceu enfraquecido e levou minha alma também...

Não sou nem sombra do que havia sido e das memórias me tornei refém!

Não me reconheço no espelho ao olhar, não sei mais o que eu sou...

Ao tirar o amor que faz caminhar, parece que nada mais me restou!

Procuro todo dia me reerguer e tentar escrever uma nova lição...

Mas em tudo que eu possa fazer, está la você me dando a mão!

Não sei fazer o caminho inverso, nunca quis aprender a te esquecer...

Sempre houve amor em meus versos e hoje só escrevo sobre sofrer!

Nossas músicas fazem rolar meu pranto e não sei mais se gosto delas...

Tudo em minha volta perde o encanto, as cores deixaram de ser belas!

Tenho medo de esquecer teu cheiro, tua pele e teus cabelos soltos...

O tempo me é agora traiçoeiro e nele meus sentidos estão envoltos!

Não há mais como tudo isso evitar, sei que terei lembranças roubadas...

O relógio não para mais de contar e a sorte está definitivamente selada!

Hoje sei o que é morte em vida, hoje eu sou apenas um passado...

Abri mão do amor da minha vida e me sinto como um condenado!

Teimo em olhar um futuro que não existe, um futuro de solidão plena...

E uma dúvida ainda sim persiste: Será que para você tudo valeu a pena?

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 23/11/2012
Reeditado em 23/11/2012
Código do texto: T4000761
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