FLOR DE VIDRO

Condena o solo seco

Com flor de vidro e espinho

Que brilha e queima ao sol.

Pisando vítrea flor

Perfura, rasga pés

O humano ser vivente.

E mancha em sangue a trilha

E crava em sua sina

Langor de andar ferido.

Em rumo sem destino

De flor que aflora chaga

Rabisca vida vã.

No ardor que afoga tino

Sem flor que afaga tato

Escava a própria cova.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 02/01/2013
Código do texto: T4063410
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