Quase sem vida
É quase meia-noite.
É quase meia-noite.
As velas se apagaram
Sobre o meu sepulcro.
Canibais espreitam à solta
O pouco que sobrou de mim.
Sonhos! De nada valem
Quando ninguém sonha
E todos comem sua vida.
É quase meia-noite
E tudo parece lembrar
Que os espectros não se importam.
Eles esperam...
Até que não sobre mais nada.
Nem rima,
Nem sonhos,
Nem poesia...
Nem vida.