Se acabarem as minhas energias...

Se acabarem as minhas energias, como farei para recuperá-las? Quantas saídas existem, se eu nem vi a entrada?

E, nessa poeira de destroços, me distorço para prosseguir. Progredir... Seria um progresso se existissem entradas para a saída.

Parece que tudo está parado, sem movimento e sem vida. Há quantas vidas lá fora? Quanta vida me resta esperar pela saída?

Às vezes fico sem sentido, sem nexo, sem estado de espírito. Apenas me consolo pela reza. Pelo que espero, somente o tempo poderá me dizer...

Nenhum vento há, para que balance aquelas árvores, para que possam cair frutos maduros.

Nessa gangorra, não existe vento algum, e muito menos uma mão amiga para me empurrar.

Qual é o preço para esperar pelo apreço de se ver? Quanto é a luta para pelo menos dizer que sobreviveu?

Por quantas perdas passamos para podermos nos ver? Quantos espelhos nos refletem aquilo que chamamos de passado?

O futuro reserva além das rugas do passado? Mas, pelo que me espero, somente o tempo poderá me dizer...

Veja que, na vida, temos que ser como peneiras e filtrar os bons pensamentos, pois os maus já habitam em nós; basta dar ousadia para eles. -Renato F. Marques

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 24/01/2013
Código do texto: T4102272
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