Abandono.

Um não,

uma esperança,

nada me resta

se não a migalha que me ofertas.

Contentar-me-ei com a tua presença.

Serei tua sombra como pediste.

Serei apenas um amigo

Recluso só para admirar-te, desejar-te

Apenas amigo.

Recolherei meus sentimentos aos meus sonhos.

Você, aos meus desejos.

Serei coadjuvante da tua felicidade.

Sou agora o que era antes, um nada

apenas um amigo, um deconhecido.

Suas palavras não me disseram um Não,

mas o que é a esperança, senão a espera.

Desejava-te e desejo-te ainda mais.

Sou agora objeto dos teus mais íntimos desejos.

Serei apenas um amigo.

Impedido de tocar-te, amar-te.

Serei apenas um mortal

que ferido acalentará teus dias,

tuas alegrias, tuas tristezas.

Rogevanio Alves Santana
Enviado por Rogevanio Alves Santana em 08/08/2005
Código do texto: T41240