Um conto de amor e de horror

Lembro-me do primeiro beijo, puro inocente e infantil. Beijo roubado, inesperado, então abri meus olhos e assustada ali permaneci. O tempo passou e eu cresci e pensei ter encontrado o verdadeiro amor. Entreguei meu coração puro e sensível a um homem de face amorosa e mente perversa. De olhos fechados eu caminhei pelas praias, atravessei oceanos, percorri todo o mundo, construí castelos, impérios encobertos com ouro puro e diamantes raros. Abri meus olhos e ao olhar para o espelho percebi que eles irradiavam extrema e poderosa luz e continuei a caminhar. E perguntei, aonde está o meu amor? Alguém respondeu que ela estava perto de mim.

Ele chegou de mansinho, veio cheio de carinhos dizendo coisas pra mim. Sussurrou em meus ouvidos delicadamente todos os meus sonhos perfumados com as flores do velho mundo de jasmim. Eu sonhei e o amei. Com minhas suaves mãos acariciei o seu tosto e o abracei. Vieste com teus braços a envolver-me e a abraçar-me. Eu acreditei que fosse de verdade!

É assim que acontece! Por vezes você crê e então encontra-se desnorteado, pois aquele que parecia te amar e que delicadamente veio a te abraçar, repentinamente penetra com a mão o teu peito, arranca teu coração e o faz morrer. Tudo teu desfale, teu coração, teus sonhos, teus arrepios que outrora tiverdes por amor. Hoje você tem apenas medo, medo e medo de amar.

Stéphane Fernandes
Enviado por Stéphane Fernandes em 05/04/2013
Reeditado em 05/04/2013
Código do texto: T4224416
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