RESSENTIMENTOS
De que adianta correr contra o tempo
Se ele não pára ao teu lado e sempre alguém te ordena?
Não vê que assim te tornas mais oprimido?
Não vê que são os poderosos os autores das injustiças
E, a ti, nada é permitido?
Não vê que os poderes agigantam-se retraíndo teus sonhos!?
E sem eles, que será de ti?
De que adianta a fúria pela perda daquilo que tu
Nem conseguistes adquirir?
Trarão ela de volta os teus sonhos e eles os tornarão reais!?
Doce ilusão...
Para que a ilusão?
Tu não sofres na pele a repressão que te faz parar?
Pensas tu que chorando limparás a poeira assentada pela covardia
Que não te deixou agir nos momentos certos?
Para que ser honesto se te pisaram a moral
Sem ao menos perguntar se doeu ou se deixou de doer?
Ergue-te!
Estão aí as virtudes
E um dia, poderás tu também rir delas.
Guardas num baú as tuas qualidades e mostra teus defeitos!
Assim te querem.
Repreendido!? Jamais!
Não vê que assim te ensinaram os fortes
E diante dos fatos te forçam a agir?
Construa também o teu penhasco
E no pico dele o teu castelo com as estruturas que te deram.
Não desanime, é longa a tua jornada.
Mesmo que não sejas tu o melhor deles,
Mas que seja um deles, entre os melhores.