NO MEU SILÊNCIO... (II)

No meu silêncio sofro ou me alegro...

Meu coração se entristece ou fica feliz!

Os meus desejos afirmo ou nego...

Os meus ouvidos reprovam o que ouvem ou pedem bis!

No meu silêncio vejo o mundo capitalista...

Que a tudo e a todos insiste em controlar!

E o povão na corda bamba como equilibrista...

É escravizado sem para o fato atentar!

No meu silêncio sou alvejado a todo instante...

Pelas metralhadoras que o mundo coloca nas mãos das pessoas!

E mesmo ferido não desanimo, sigo avante...

Porque a vida também me traz coisas boas!

No meu silêncio aprendi a valorizar as pessoas...

Como a coisa mais preciosa deste mundo!

A mim não importa o hino que entoas...

Sou emoção, coração e desapego profundo!

No meu silêncio, sei que daqui nada levarei...

A não ser os meus bens interiores!

Sei que no pó da terra um dia aguardarei...

Ser ressuscitado e por Jesus julgado por atos anteriores!

No meu silêncio observo as atitudes dos insensatos...

Que se julgam donos dos empréstimos que possuem nas mãos!

São cegos completamente e não enxergam os fatos...

O Deus Criador é dono de tudo e tudo empresta aos cidadãos!

No meu silêncio às vezes tenho vontade de gritar...

Lutar contra tudo aquilo que eu acho errado!

A solidão idealista não me permite avançar...

E assim continuo sendo escravizado!

No meu silêncio carrego a certeza...

De que a minha paciência está no fim!

Está chegando a hora de virar a mesa...

Contra tudo o que existe de ruim!

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 01/07/2013
Reeditado em 19/05/2014
Código do texto: T4366738
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