‘ Ultima Vez que a Vi’

Quando a vi pela primeira vez
Não imaginava que tudo seria assim
Pois naquele momento fiquei imaginando
De onde vinha tanto brilho 
Brilho que continha em seu olhar 

De onde vinha tanta vontade de sorrir
Sorriso que encantava o mais amargo ser
De onde vinha tanta simplicidade 
Simplicidade que deixa o mais rico sem
saber qual a verdadeira riqueza 

De onde vinha tanta vontade de viver
Vontade que contagia aquele que agoniza em seu leito 

É!, você era assim
Mas de repente 

Sou abordado por um olhar frio
Capaz de apagar as larvas de um vulcão
Uma feição carrancuda
Capaz de entristecer o mais singelo sorriso
Uma esnobe descontrolada 

Capaz de fazer o mais dos humildes chorar
Uma amargura da vida
Capaz de levar ao leito o mais saudável dos seres
E assim, essa foi a última vez que a vi.
Edson Eduardo de Melo
Enviado por Edson Eduardo de Melo em 04/04/2007
Reeditado em 25/05/2007
Código do texto: T437962