A beira do abismo

Em um mundo em que nada mais tem valor,

Onde o pensar deu lugar pro agir,

Onde ninguém mais sabe o que é amor,

Fica em nos a incerteza do por vir.

Caminhamos a passos largos pro abismo,

Olhando somente para a frente,

Sendo donos de um cinismo,

Que aos poucos esta matando a gente.

A morte é eminente para a humanidade,

Que aos poucos escreve sua própria cina,

Sem se dar conta que na verdade,

Somos nós que estamos cravando a faca assassina.

Matamos e enganamos sem rodeio,

Roubamos e destruímos sem pedir,

Sem se preocuparmos com o receio,

Do que na verdade estamos a destruir.

O trem da vida trafega sem trilhos,

Numa preocupação cega que acaba em um segundo,

De que mundo deixaremos para nossos filhos,

Sem saber que filho estamos deixando pro mundo.

Jonas Martins
Enviado por Jonas Martins em 20/07/2013
Reeditado em 29/07/2013
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