Dos que amam
Deixe que morram
As estátuas majestosas,
Por Deus desfiguradas,
Em seus leitos de morte.
Pois que não amo nem
Amarei coisa alguma.
Nada vale meu pesar.
E em verdade vos digo:
Sentimentalismo é coisa de rico.
As imagens andróides,
Consumidas em fatos
E perdidas em feitos,
Feitos não feitos,
Eis que
Não foram completados.
Um dia ainda rirei dos
Sentimentalóides
Que afirmam ter amor,
Mas não compram se quer paz.
Não cantem mulheres.
Lembre-se, louvar o imortal.
Aos pobres resta
A putrefação,
A putaniedade,
A umidade da lama e
Sexo na cama.
Só um suspiro no ar.