ANDO DE MÃOS NO AR E PÉS NO CHÃO
Atraiçoas-te e me empurraste p’ra eu cair
E andar de mãos no chão como um canino.
Mas eu mordi-te e levantei-me, sem ganir,
Ergui bem minhas mãos, cantei lindo hino.
O hino da liberdade, com as mãos ao alto
E pés bem assentes, crente da minha razão,
Nunca mais te perdoarei p’la tua má acção,
Jamais me deixarei cair, assim humilhado.
Ando de mãos no ar e pés bem assentes
No chão pedregoso e muito acidentado,
Já não acredito no teu amor, atraiçoado
Fui, sentindo o amor que tu não sentes
De mãos no ar e pés bem assentes, andarei
Todo o resto da minha vida, bem agradado,
Por saber que sou sério e honesto e da lei
Faço a minha bandeira, futuro iluminado.
Ruy Serrano, 20.08.02013