Campo de Sangue
Meus passos estão presos
Correntes me arrastam
Choro em amarras
Sofro com a memória
Rejeito minha estória
Quisera ser um anjo
Ter asas e voar
Quisera ser um santo
E trombeta tocar
Anunciando na alvorada
A liberdade de voar
Passam os anos
O coração pergunta
A cabeça não responde
Turva a vista
Não domino o sonho
Pois um dia
Que, quando da morte,
Encontrar-me livre
Abandone esse meu corpo
Prostituído com o mundo
Gélido e torpe
Sou um campo minado
Sou um campo de sangue
Rose de Castro
A ‘POETA’