Campo de Sangue

Meus passos estão presos

Correntes me arrastam

Choro em amarras

Sofro com a memória

Rejeito minha estória

Quisera ser um anjo

Ter asas e voar

Quisera ser um santo

E trombeta tocar

Anunciando na alvorada

A liberdade de voar

Passam os anos

O coração pergunta

A cabeça não responde

Turva a vista

Não domino o sonho

Pois um dia

Que, quando da morte,

Encontrar-me livre

Abandone esse meu corpo

Prostituído com o mundo

Gélido e torpe

Sou um campo minado

Sou um campo de sangue

Rose de Castro

A ‘POETA’

Rose de Castro
Enviado por Rose de Castro em 10/04/2007
Código do texto: T444958