RECLUSO

RECLUSO

Sonhava com o mundo

Em dar a volta

Como um vagabundo

Sem casa, sem escolta

Vivia nas nuvens

Colhendo tempestades

Sempre na mesma cidade

Num cinza de nuvens

Queria voar

Sumir no horizonte

Alar, alar

Por trás dos montes

Mas grudava naquele chão

Dali não saía, não arredava

Maldito coração

Que não se desarredava

Morreria ali

Voltaria ao barro

Sem cruzar oceanos

Coberto pelos mesmos panos

E assim dormiu

Não mais acordou

Sonho de viagem só de ida

Para uma outra vida

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 06/09/2013
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