Confessionário.

Confesso eu, que não quero sempre

o que os outros querem.

Confesso eu, que nem sempre quero

o que devo querer.

Mas como posso querer o que nem mesmo quero?

Só para parecer certo o meu querer?

O dever ser, nem sempre é.

Certo não é, o que devo ser.

Nem sempre dá para fazer

as coisas sem querer.

Quero mesmo é colecionar oitavas

Colecionar xícaras desenhadas

Colecionar papéis amassados de rabiscos

meus, rabiscados.

O que quero mesmo é colecionar

algo que pulse e viva e não só que

pulse sem viver. Nem sempre dá

para fazer as coisas sem querer.

mmmalencar
Enviado por mmmalencar em 15/09/2013
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