Silêncio eterno







Meus pensamentos me atormentam como se recebesse
  ácido por um conta gotas infernal a torturar a mente,
o corpo retorcido em dor visceral agoniza...
Para conter a aflição angustiante, uma dose de agitação e coragem;
solitária, embarco nessa viagem insana, rumo aos confins do inesperado.
Saciando a sede das veias injeto loucura e
me enredo na teia maldita e viciante que tornou-se
acalanto errôneo para meu pranto incessante, que jorra
no ritmo da canção sombria que ecoa em meus ouvidos.
Meu mal não tem cura! Não mais nessa vida!
Só mais um trago e o fim da paúra
que me toma quando traço os nós de meu destino.
Beijo aquele antigo retrato que pesa sobre os pedaços de meu dilacerado coração.
Respiro fundo e mergulho nas ondas da falsa felicidade, invade-me  um fluir delirante que segue a
impulsionar-me ao porto seguro enrolado em meu pescoço.
O restinho de sonhos de mãos dadas com os conflitos vazam na
hemorragia de desilusão.
Fitando o infinito pulo... De olhos fechados pulo!
Alcanço o fundo do  mar da euforia, além de todos os limites...
Até não poder mais voltar.