DESILUSÃO

Eu te esperei em mil manhãs formosas,

Quando o sol põe auréolas luminosas

Nas pequeninas flores em botão;

Eu te esperei sorrindo com alegria,

Na certeza que o dia chegaria

De poder apertar-te ao coração;

Eu te esperei sem magoas, sem tristezas,

Sem sentir o amargor das incertezas,

Sem sentir uma sombra no olhar;

Eu te esperei confiante, antecipando

A imensa alegria que esperando,

Julguei que sentiria ao te encontrar

Mas um dia, na curva de uma estrada,

Deparei uma alma aniquilada,

Em ruinas um pobre coração;

Eras tu sucumbido ao teu desgosto,

Trazendo a morte escrita no teu rosto,

Já com gestos de adeus na fria mão.

Eu que te quis trazendo-me mimosas

Prendas de amor, com frases carinhosas,

Para encher de ilusões nosso retiro,

De ti não tive rosas e açucenas,

E ao te encontrar, cheguei com tempo apenas,

De recolher seu último suspiro.

hortencia de alencar pereira lima
Enviado por hortencia de alencar pereira lima em 08/11/2013
Código do texto: T4562365
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