‘Desclorofilando’

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Descolori toda a minha esperança.

Do verde, repleto de sonhos azuis,

restou desfocada miríade em cinza...

Das cinzas que rescaldarei, brevemente,

o calor burlesco da paixão se congelou.

Busquei voar a dois, mas sozinho estou.

Não ficaram pétalas nem ramalhetes.

Tenho mãos sangrando, que se ressentem...

E do castelo, que nunca habitei, lágrimas pendem.

Preciso dormir e agonizar, sufocando meu temor.

Monstros me espantam e exigem meu grito...

Tenho gritos, porém, que espantam os monstros.

Iguatu-CE, 20 de novembro de 2013.

00h34min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 20/11/2013
Código do texto: T4578434
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