A dois

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Agora,

onde estaria o teu corpo?

Lá fora,

o frio me faz promessas:

ele me sussurra em doces brisas;

tenho a impressão de estar a dois.

Agora.

Existiriam mãos tocando tua pele?

Aqui, dentro de mim,

o calor da solidão me angustia:

ele me revela cenas horripilantes;

tenho a impressão de que está a dois.

Agora...

Por que me sinto assim, sozinho?

Ao meu redor, tudo se enche de máculas.

Minhas mãos tremem, imploram a presença.

E o teu retrato, estático, a me sorrir,

revela nossa comunhão esbarrando na tela.

Iguatu-CE, 24 de janeiro de 2014.

23h18mnin

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 25/01/2014
Reeditado em 25/01/2014
Código do texto: T4663694
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