A última morada

A última morada

Contemplo o céu azul

Da manhã ensolarada

Propicia aos passeios senis,

Enquanto despreza

Meu entendimento a visão anil.

Cegam-me lembranças

De um amor doentio

Corroendo minha lira;

Os versos serelepes,

Agora, dão lugar

As rimas fúnebres,

Meu canto tem

Um tom grave

De melancolia

Como noite chuvosa

No seio da floresta.

A metamorfose funesta

Faz-me desafortunado do amor;

Sucumbindo declamo versos

Ao meu ataúde a caminho

Da última morada,

Em passos lentos sigo

O sinistro rastro deixado

Pelo destino que de mim

Fez-se inimigo.

Que minha última morada

Seja um bálsamo eterno...

Autor: Mestrekamel

Mestrekamel
Enviado por Mestrekamel em 27/01/2014
Código do texto: T4667015
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