Urgs que rejs o “erés codó”

O tempo está novinho em folha

Como se fosse uma lauda.

Em branco... Tábula rasa...

Pedindo, encarecidamente,

Que nela se escreva uma nova história...

Porém, as ideias se confundem,

Velhas, ranzinzas e carcomidas;

Os ideais se misturam

E cheiram muito mal como se fossem

Comida azeda, amanhecida.

Uns querem mudar o mundo

Sem mudarem-se a si mesmos;

Os que não querem, estão ricos

E não conseguem ver nada

Além do dinheiro e das coisas ricas.

Em todo momento matam um deus,

Eles são inconvenientes

E praguejam contra as coisas vis.

Os demônios montam impérios

No topo das montanhas

Das mais nobres e febris almas;

Uma dinamite de promiscuidade,

Desvergonha desavergonhada,

Desgovernada e trôpega,

Explode a cada instante

No peito esperançoso da criança.

Tem gente que nem tem boca

E vaia Roma como uma “soprano”.

Outras, cheias de dentes,

Mastigam sem cessar os vômitos

Regurgitados da ignorância específica.

Cacá Matofino.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 08/02/2014
Reeditado em 08/02/2014
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