Vida Misantrópica

Céus tristonhos e enigmáticos!

Trevas! Disfarçam sua pobre luz!

Desgraças de amores sem frutos...

Tristezas! Na minh’alma que reluz!

Ventos sopram horizontalmente!

Levando consigo minhas vagas lembranças...

Esquecendo tolices dessa amarga vida...

Carregando os últimos suspiros de esperança!

Procuro-me em lugares felizes!

Não me acho em ambiente audaz

Não trago a sorte concebida de Deus...

Descubro-me nas saudades deixadas para trás!

Capacidade e brilhantismo, sempre tive,

Caráter de uma pessoa meiga e calma...

Regeneração de momentos escassos e difíceis!

Tragados por males de mentiras e farras!

Fraternidade, não prego mais com ambição;

Melancolia! Edifiquei com o tempo...

Acometido de luxúrias e traições...

Perdidos os motivos de meus sentimentos!

Fracassos de caminhos sem volta...

Obstruídos por forças viris e perigosas!

Traçados com aptidão de longas datas...

Acabados com meu coração que ferido chora!

Viver de novo é árduo!

Muitas desculpas precisam acontecer...

Necessito consertar alguns impasses...

Mas sinto que só tenho este amanhecer!

Alívios! O fim dos dias chegou!

Agonias! Não sentirei mais...

Adeus! Depressivo mundo de desalentos...

Hoje enfim, descansarei em paz!

Carmo de Oliveira