Mapa do meu ninguém

Aqui nesta sala

De luz apagada

Somente o som que emana da lua

Quebra o silêncio

E eu sou todo pensamento

Minha garrafa de rum

Faz-me lembrar de que sou pirata

Perdido no mar

Sem rota

Sem rumo

Sem estrelas no céu pra me orientar

Em busca do tesouro

Que “pra quê” também eu não sei

Certos monstros emergem

Do pântano silencioso

Da madrugada do meu peito

E assombram o vilarejo da minha vida

Espantado o tempo foge pra lugar nenhum

E me perco no alto e no vento

Como sacola plástica de supermercado

Até cair no sono

Na minha cama

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 25/02/2014
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