ADEUS, POESIA!

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Hoje, estou sem poesia,

despida,

pelada,

nua,

miseravelmente dentro de mim.

Meu coração ainda bate,

pulsa,

resiste.

Não sei porque,

nem sei por quem.

Seu alimento não mais existe,

despediu-se,

desistiu-me,

morreu!

Abraço meu silêncio eterno...

abraço-me.

Ninguém mais poderá me abraçar,

na imensidão do silêncio com que me cobri.

Adeus, poesia!

PS: Minha grande alegria é poder pronunciar-te. Continuarei pronunciando tua escrita bem alto, só para mim. Verso bom, mesmo que triste, não pode ser lido baixinho. Pronunciarei-te sempre, poeta. E mesmo assim, nunca me esgotarei.

MIRAH
Enviado por MIRAH em 02/05/2007
Reeditado em 02/05/2007
Código do texto: T472137