RESTOS

RESTOS

Paulo Gondim

11/03/2014

O que somos agora, senão vultos

Que aparecem na escuridão

Vagando tristes, sem alento

Resíduos levados pelo vento?

O que restou de nós, senão mágoas

Sombras, apenas, do que fomos

Pouco sobrou que mereça crença

Só desgosto em nossa presença?

E do pouco que ficou, resta o pranto

Pela vida deixada num canto

Enquanto vida, não vivida...

E somos nós, agora, passado

Estranhos, num viver a dois

Simulacro de simples vaidade

Nem sentimos, sequer, saudade

Paulo Gondim
Enviado por Paulo Gondim em 11/03/2014
Reeditado em 12/03/2014
Código do texto: T4724736
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.