Fenecer

Ah! Não deve ser verdade

a verdade que esqueci,

ou talvez foi por bondade

que levaram-na daqui.

Agora, é preciso duvidar,

duvidar da fria certeza

de que a vida só dura o infinito,

no país da delicadeza.

Perdida,

a sutil esperança se despede

com o coração apertado,

e a memória... retrocede.

Ah! Não deve ser verdade

a verdade que esqueci

que talvez pela idade,

virou poeira...

tudo o que numa vida construí.

"Fenecer" foi feita a quatro mãos, com a parceira Lis Ribeiro.