Aqui,
Neste canto de minha liberdade,
Te ofereço meu abraço,
Arraigando das entranhas a timidez;
Balada solitária de um ser em melancolia.
Teu olhar se apagou,
Quando na insensatez,
Matou  meu amor;
Ao lançar  no esquecimento minha face.
Meu coração escarlate pranteia na escuridão,
A flor não colhida do jardim;
Sufocada na imensidão do desatino.
A beleza se foi sem meu consentimento,
E levou consigo a esperança;
Que despediu-se com um sorriso irônico.
Aqui...
Nesta tempestade de vultos,
Vou sangrando lentamente,
Girando feito redemoinho que logo se extingue.
Num canto qualquer desta dor,
Vai-se o ser e fica a fera;
Devorando insanidades.

 
Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 19/04/2014
Reeditado em 20/11/2017
Código do texto: T4775048
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