Punhal de Prata

O amor custa uma rosa

Que muitos deixam murchar

Um amor que, mesmo indelével

Muitos tentam apagar...

Ele pode tornar-se realidade

Mesmo que se ouse apenas sonhar

Enfim, o amor custa uma vida

E muitos o deixam passar...

Qual, então, seria a resposta

Do enigma do amor?

A quimera que nasce invisível

Surpreendendo as circunstâncias

O tempo e o espaço

Dá-nos o viver, tira-nos a vontade...

Mas que pode fazer da calma tempestade

No imenso tempo de um segundo...

O amor que retumba esquecido

E, reduzido ao nada, ferido

Suicida-se com punhal de prata

Deixando mais viva a dor...

Mesmo na morte da chama bela

O ar da vida renasce, redimido pelo próprio amor,

O diamante da vida

Abrigando na simplicidade da flor...

Ana Pismel
Enviado por Ana Pismel em 09/05/2007
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