AGORA JÁ É TÃO TARDE

Não voltes de maneira alguma

Acalentei meu amor sozinha

Sem alento, sem fulgor

Moribunda está a alma minha

Agora já é tão tarde

O frisson já passou

Aquele que é dado aos jovens

Já há algum tempo se acabou

Agora já é tão tarde

Nada de ti me interessa

Não quero que voltes nem por um instante

Nunca mais isso me peça

Te esperei por longos anos

Vi a esperança desistir

Falei para ela “espere um pouco”

resmungou-me e não está mais aqui

Agora já é tão tarde

De nada eu aproveitaria

Desse amor descaído

Sem vigor, sem alegria

Não foi alimentado

Como ele deveria

Agora já é tão tarde

E assim será todos os dias

Lúcia Alves
Enviado por Lúcia Alves em 19/06/2014
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