DESENCANTO
Agora sinto o quanto envelheci!
Não pelas rugas nem pela idade,
mas pelo muito que sofri
a procura de amor...felicidade...
agora me vejo envelhecida
sem esperança, sem fé, sem ilusão.
Com a força ora enfraquecida,
já nem sinto o pulsar do coração...
e este trapo que hoje perambula
já foi outrora linda criatura,
que o sonho enfeitava seu semblante.
À continuar assim, nula obscura,
prefiro a solidão da sepultura
que virar um espectro triste, degradante...