A MINHA ÚLTIMA CASA
Nestes últimos quarenta anos
Vivo numa minha última casa
Não é a que desejaria ter tido
Foi difícil de a ter conseguido
Na outra fase da minha vida
Mudei eu sete vezes de casa
Foi em África fiquei sem nada
Minha triste e tão cruel sina
Cansei-me de ter tanta casa
Levei uma vida mui atribulada
Por fim aqui assentei arraiais
Outras casas não quero mais
Daqui só irei pra última morada
Quando eu deixar de ser nada
Apenas um corpo rijo e pesado
Que terá de ser então sepultado
Me desculpem os meus amigos
De ser tão frontal e pessimista
Sou poeta sou criador e artista
Este é o estilo dos meus escritos
Ruy Serrano - 07.08.2014, às 07:50 H