REPULSA
Encontro-me apático,
estático, lunático,
objeto aquático
que flutua fálico.
Não há simetria,
nem sinestesia,
só algaravia,
nesta merda
de poesia.
Há de passar essa aurora,
virada do avesso.
Manhã de um escuro espesso
e que demora
mais do que se espera.
Encontro-me, áspero
austero, impróprio.
Madeira ígnea,
na séquida mata.
Não há júbilo,
só o espúrio
e repulsa imensa
estagnando tudo.