REPULSA

Encontro-me apático,

estático, lunático,

objeto aquático

que flutua fálico.

Não há simetria,

nem sinestesia,

só algaravia,

nesta merda

de poesia.

Há de passar essa aurora,

virada do avesso.

Manhã de um escuro espesso

e que demora

mais do que se espera.

Encontro-me, áspero

austero, impróprio.

Madeira ígnea,

na séquida mata.

Não há júbilo,

só o espúrio

e repulsa imensa

estagnando tudo.

Delmo Biuford
Enviado por Delmo Biuford em 18/05/2007
Código do texto: T492388