Soneto das Máscaras

Oh, Mascara impiedosa!

Que de todos ocultas a face

Que cruel esconde toda parte

E tornas a alma tão rasa!

Oh, Mascara cruel!

Tomas para ti toda maldade

E escondes sob seu véu!

Oh, Bela Máscara!

Que torna belo o horrendo

E devolves a vida a quem está morrendo!

Da beleza desatinas as amarras.

Oh, Máscara falsa!

Soturna vem ao som da valsa

E com ilusões nos abraça!