MINHAS MÁSCARAS...
 
Dias de alegria, felicidade que contagia
amor no tempo certo conjugado,
sonhos embalados na fantasia
emoções em amar e ser amado.
 
Momentos assim eternizados
na alma que levitava,
corpos e sentidos sincronizados
dança sublime que encantava.
 
Vem de longe, muito distante,
um vento frio, irônico e insano,
congela todos os instantes
e deixa as marcas do desengano.
 
A saudade bem ligeira aporta
bate dorida e frequente,
mas ninguém  se importa,
só sofre quem a sente!
 
O olhar perde brilho de euforia,
tristeza infinita o desbota.
Solidão escurece a luz do dia
fluem emoções em cores mortas.
 
A face, antes livre e exposta
disfarça a marca da desilusão,
máscaras ora são impostas
no degredo da ilusão.
 
Quando enfim, longe da fria vida
posso despir todas minhas dores
a lágrima  brota, livre e sentida
transborda rios de dissabores.
 
Escorre por entre as mãos frias,
as mesmas que foram suas
e se perdiam na magia das carícias.
 
Hoje escondo o sofrimento,
pois aprendi a camuflar
o canto dos meus lamentos.
 
Maio de 2007
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 23/05/2007
Reeditado em 20/10/2009
Código do texto: T498604