O MEU RISO
Aprendi a rir com as tristezas da vida,
É contraditório mas é uma realidade,
Rio por tudo e por nada, sem gosto,
Não disfarço, o meu riso é forçado.
Rio como um palhaço para não chorar,
Visto a pele dum comediante da vida,
Que representa e assiste às tristes
Cenas que os homens não disfarçam.
O meu riso é espontâneo, muito natural,
É provocado pelos episódios que vejo,
Todos os dias, ridículos e sem sentido,
Que não têm credibilidade e seriedade.
O meu riso já se tornou vulgar e natural,
Pena tenho de rir por puras banalidades,
A vida apenas apresenta barbaridades,
De tudo que se vê e não é bom, é mau.
Pareço idiota de rir assim tanto, pranto
Este que atinjo, sem ter algum prazer,
Preciso de rir para disfarçar o lamento
Que me vai na alma e me faz sofrer.
Ruy Serrano - 13.11.2014, às 00:10 H