Uma aolitária sem sexo e com muitos sentimentos



Se não quer, não deseja, aguente a angústia que inflama

Ande ao rumo de seu lugar de descanso, cabisbaixa sim

Pense nos momentos firmes das suas certezas delicadas

Sem amor, sexo, vontade ou com prazer de saber muito

Evoluir necessitará de seu progresso e as emoções calam

Fique ao seu deus-dará, convicta solitária, eterna criança

Filha dos mimos, recreada pura ao jardim sem sentimentos

Agora silencia em seus textos um segredo de sua teimosia

Sai de sua torre, imersa no sonho sempre reciclado amado

Nunca ama, jamais amou e perene ou sozinha sabe chorar

Ela está em mim, a cada vão de tábua, a cada céu rosado

A cada distância eleva orações sem divindades mentirosas

E sua verdade permanece ao encosto de seu sofá da sala

Um coração assim reflete sua sina, seu anseio, sua marca

Enfim está, apesar do mundo, quase envolta numa concha


 
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 23/01/2015
Reeditado em 15/02/2015
Código do texto: T5112146
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