A VIDA JÁ NÃO SÃO ANOS SÃO INSTANTES
A vida já não são anos, são instantes,
Os anos já me passam despercebidos,
Os instantes são reais e imprevistos.
Não há anos há instantes constantes.
Desde que os anos passaram velozes,
Ficaram apenas do passado as vozes,
Agora vivo os instantes com surpresas,
Que me custam sacrifícios e despesas.
A vida já não são anos, são instantes,
Fantasias coloridas e muitos ruídos,
Promessas muitas, nunca cumpridas,
Pobreza e miséria, feridas arrepiantes.
Esperanças num deserto de projectos
Varridos por tempestades de ambição,
De homens sem escrúpulos e coração
Que se apoderam de todos objectos,
A vida já não são anos, são instantes,
Instantes que já não são anos, apenas
Meteoritos que nos atingem, surpresas
Que temos todos os dias, frustrantes.
Ruy Serrano - 26.01.2015, às 09:40 H