AS PENAS DO MEU PENAR

Perdi as penas do meu penar,

Não sei onde as deixei,

Sei que já não tenho penas,

Sem essas penas fiquei.

As penas do meu penar voaram

Com o vento para longe,

São poucas as penas que ficaram,

As demais não sei para onde.

Ficaste com algumas dessas penas,

Não sei com que intenção,

Essas penas são como as açucenas

Que te ofereci no verão.

Fazem-me falta as penas que perdi,

Assim a vida não tem sentido,

Por gostar assim perdidamente de ti,

Meu coração está muito ferido.

As penas do meu penar são únicas,

Como elas não há nenhumas,

São como se fossem antigas túnicas

A cobrir as minhas entranhas.

Entranhas que foram muito atingidas

Com setas que lhes atiraste,

Para não me devolveres as penas

Que tu de má sequestraste.

Ruy Serrano - 31.01.2015, às 23:00 H

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 31/01/2015
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