OS FANTASMAS DA HUMANIDADE

Apagaram-se as luzes, a cidade adormeceu,

Só as mentes ficaram despertas pra pensar

No que se passou neste dia que anoiteceu,

E que foi mais um dia que nos veio assustar.

É durante a noite que a natureza se acalma,

Os animais e a espécie humana se revêm,

Acalmando seus ímpetos de confrontação,

Pra construírem um futuro de compreensão.

Com a bênção das estrelas que nos olham

Do céu, com o brilho das suas boas pupilas,

E a luz tímida da lua, que nos tenta iluminar,

A vida na terra se refaz e acaba por acalmar.

Ao romper do sol, a vida recomeça agitada,

Os elementos reagem à luz e ao forte calor,

Entram em conflito consigo e com o mundo,

Semeiam a desordem, o confronto e rancor.

Os homens transformam-se em irracionais,

Vestem a pele eriçada dos demais animais,

Recuam no tempo, esquecem a civilização,

Acham que devem viver com a provocação.

Os ânimos se exaltam, crescem de mau tom,

Despertam instintos guerreiros e assassinos,

Travam conflitos, sacrificam seres humanos

Inocentes, que são sempre menos culpados.

Ruy Serrano - 14.04.2015

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 13/04/2015
Reeditado em 13/04/2015
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